RFB usa mais de 160 filtros e inteligência artificial para fiscalização do IR. Saiba como evitar a malha fina.
A Receita Federal do Brasil (RFB) está intensificando a fiscalização do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) com o uso de tecnologia avançada, incluindo inteligência artificial e cruzamento de dados. O objetivo é identificar inconsistências nas declarações, combater a sonegação fiscal e aumentar a arrecadação.
Como funciona a fiscalização da Receita Federal?
A RFB utiliza supercomputadores e mais de 160 filtros diferentes para cruzar informações fornecidas pelos contribuintes com dados de diversas fontes, como bancos, empresas e órgãos públicos. Esse sistema altamente detalhado é capaz de identificar divergências com rapidez e precisão.
Os principais dados analisados incluem:
Rendimentos: salários, aluguéis, dividendos, aposentadorias e pensões;
Movimentações financeiras: operações realizadas por Pix, cartões de crédito, transferências bancárias e bolsas de valores;
Despesas: gastos médicos, educacionais, com empregados domésticos, imóveis e automóveis;
Bens e direitos: imóveis, veículos, aplicações financeiras, criptoativos e bens no exterior;
Deduções: previdência complementar, dependentes, incentivos culturais e despesas médicas ou educacionais.
Por que contribuintes caem na malha fina?
Contribuintes que não alinham suas declarações com as informações disponíveis no sistema da Receita Federal são retidos na chamada malha fina. Em 2024, os principais motivos para isso foram:
Deduções indevidas: principalmente relacionadas a despesas médicas sem comprovação adequada;
Omissão de rendimentos: rendas não declaradas de titulares ou dependentes;
Diferenças no Imposto Retido na Fonte: inconsistências nos valores declarados pelas fontes pagadoras;
Outras irregularidades: erros em deduções de incentivos fiscais ou rendimentos recebidos acumuladamente.
Como evitar problemas na declaração do IR?
Uma das estratégias para evitar a retenção na malha fina é o uso da declaração pré-preenchida. Essa funcionalidade, disponibilizada pela Receita Federal, utiliza informações enviadas por instituições como bancos, escolas e operadoras de saúde.
Segundo o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, a adoção da declaração pré-preenchida tem reduzido significativamente os casos de retenção. No entanto, é fundamental que os contribuintes revisem os dados, garantindo que todas as informações estejam corretas e completas antes de enviar a declaração.
O impacto da fiscalização rigorosa
A intensificação do uso de tecnologia pela Receita Federal visa coibir a sonegação fiscal e aumentar a arrecadação. No Brasil, onde a carga tributária é uma das mais altas do mundo, a fiscalização eficiente se torna essencial para equilibrar as contas públicas.
Dica final: mantenha seus documentos organizados, revise todas as informações e, se possível, conte com o auxílio de um contador para garantir que sua declaração esteja em conformidade com as exigências da Receita Federal.
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Palavras-chave:
Fiscalização do Imposto de Renda
Malha fina Receita Federal
Inteligência artificial na RFB
Cruzamento de dados IRPF
Declaração pré-preenchida IR
Colaboração: Michael Carneiro.
