
Contadora perde cinco anos de trabalho após ataque cibernético: entenda como proteger seu escritório contábil
“Tenho cinco anos de contabilidade e perdi tudo.”
Esse foi o desabafo de uma contadora da Grande Vitória, no Espírito Santo, após ser vítima de um ataque de ransomware — um tipo de malware que criptografa dados e exige pagamento de resgate.
Sem backups em nuvem atualizados e medidas adequadas de segurança digital, a profissional teve todos os registros de seus clientes, documentos fiscais e históricos financeiros perdidos. Mesmo após o pagamento solicitado pelos hackers, os dados nunca foram recuperados.
Este caso real serve como um alerta urgente para contadores e escritórios de contabilidade que ainda não implementaram uma estratégia robusta de proteção de dados.
Por que escritórios de contabilidade são alvos frequentes?
Escritórios contábeis lidam diariamente com informações sensíveis, como dados fiscais, bancários e pessoais de empresas e indivíduos. Essa riqueza de informações os torna alvos atrativos para cibercriminosos. Além disso, muitos desses escritórios, especialmente os de pequeno e médio porte, não possuem infraestrutura de segurança adequada, tornando-os vulneráveis a ataques.
Quais os impactos de um ataque cibernético?
- Perda de dados cruciais: Sem backups, a recuperação das informações se torna impossível.
- Prejuízos financeiros: Custos com resgates, recuperação de sistemas e possíveis multas por violação de dados.
- Danos à reputação: A confiança dos clientes é abalada, podendo resultar na perda de contratos.
- Implicações legais: A LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) prevê sanções para empresas que não protegem adequadamente os dados de seus clientes.
Como proteger seu escritório?
A prevenção é a melhor estratégia. Medidas como a implementação de backups regulares, uso de autenticação de dois fatores, criptografia de dados e treinamento da equipe são essenciais.
O SAAM possui uma rotina dedicada a realizar o backup de seus dados, a Rotina 11.2.2 – Cópis de segurança (Backup). Através dela, você manterá o controle de seus dados de forma prática e organizada, sem correr riscos desnecessários.
Além disso, o SAAM AUDITORIA realiza o Armazenamento de XML em nuvem – através do SAAM-Cloud. E não estamos falando de qualquer armazenamento. O SAAM, armazena seus dados na empresa EVO, referência em proteção de dados no Brasil e em mais de 40 países e conta com a classificação “Tier”. Vamos saber mais sobre essa classificação?
Classificação Tier: comparação entre Data Center Tier I, II, III e IV
Criado pelo Uptime Institute, o modelo Tier define níveis claros de resiliência e redundância, com base em critérios técnicos que vão muito além de “ter backup” ou prometer uptime alto. É uma ferramenta prática para avaliar a infraestrutura crítica de um data center e entender até onde ela aguenta pressão sem comprometer a continuidade dos sistemas.
O que é a classificação Tier?
A classificação Tier é uma forma direta — e bastante técnica — de avaliar a robustez da infraestrutura de um data center. Ela surgiu para responder a uma pergunta simples, mas essencial: “Esse ambiente aguenta o tranco quando algo dá errado?”
Quem criou esse modelo foi o Uptime Institute, uma referência mundial quando o assunto é operação crítica. Em vez de falar em conceitos genéricos, o sistema define critérios objetivos pra medir disponibilidade real e resiliência diante de falhas.
Cada Tier representa um nível de preparação. O que muda? Capacidade de continuar operando durante manutenções, presença de redundância elétrica e mecânica, e o quanto o projeto suporta eventos inesperados sem parar tudo. Não é só sobre ter backup — é sobre conseguir manter tudo de pé quando a rotina sai dos trilhos.
Qual é o papel da certificação do Uptime Institute
Quando se fala em certificação Tier, não há espaço para interpretações soltas: apenas o Uptime Institute pode emitir o selo oficial. Qualquer outro “tipo de Tier” é, no máximo, uma adaptação — e pode não seguir os critérios técnicos exigidos para garantir disponibilidade real.
O Uptime Institute atua como autoridade global na validação de infraestrutura crítica, com foco em ambientes de missão crítica que precisam funcionar sem falhas, mesmo sob pressão. Sua certificação vai muito além de uma boa prática: ela envolve auditorias técnicas, documentação de projeto, simulações operacionais e inspeções físicas.
Tudo isso é feito com base em padrões internacionais reconhecidos, como a ANSI/TIA-942, que define requisitos rigorosos para segurança, conectividade, climatização e redundância em data centers.
Diferenças entre classificação Tier I, II, III e IV
A classificação Tier define o quanto um data center está preparado para seguir operando mesmo quando algo sai do controle — seja uma manutenção, uma falha elétrica ou um pico fora do padrão. Cada nível tem critérios técnicos bem claros que envolvem redundância, arquitetura dos sistemas, tempo de inatividade permitido e a capacidade de realizar manutenções sem afetar o ambiente.
Abaixo, você confere os quatro níveis reconhecidos pelo Uptime Institute, com suas diferenças estruturais e operacionais.
Classificação Tier I
É o nível mais básico da classificação. O data center precisa ter sistemas de energia e refrigeração, mas não há qualquer tipo de backup ou caminho alternativo — se algo falha, o ambiente para. Também não é possível fazer manutenção sem desligar os serviços
Critérios técnicos:
- Redundância: nenhuma
- Caminhos de distribuição: único
- Capacidade de manutenção: não suporta manutenção ativa
- Tempo de inatividade tolerado: até 28,8 horas/ano
- Disponibilidade média: 99,671%
É uma estrutura comum em ambientes internos ou empresas que conseguem tolerar algumas horas de indisponibilidade por ano — geralmente operações com menor criticidade.
Classificação Tier II
Neste nível, o projeto inclui componentes redundantes (como UPS e geradores) para suportar falhas pontuais, mas ainda depende de um único caminho de distribuição. Ou seja, o risco continua em caso de falha no trajeto principal, e as manutenções ainda exigem desligamento
Critérios técnicos:
- Redundância: parcial
- Caminhos de distribuição: único
- Capacidade de manutenção: não suporta manutenção ativa
- Tempo de inatividade tolerado: até 22 horas/ano
- Disponibilidade média: 99,741%
É um avanço em relação ao Tier I e atende bem empresas que precisam de mais estabilidade, mas ainda não operam com sistemas 24/7 ou não têm processos críticos atrelados à TI.
Classificação Tier III
Aqui entra a redundância N+1, que permite manter o funcionamento mesmo durante a manutenção. O sistema suporta falhas isoladas sem impacto no ambiente. A arquitetura exige múltiplos caminhos de distribuição (pelo menos um ativo), permitindo que equipamentos sejam substituídos ou ajustados sem comprometer os serviços.
Critérios técnicos:
- Redundância: N+1
- Caminhos de distribuição: múltiplos (um ativo)
- Capacidade de manutenção: suporta manutenção sem parada (concurrently maintainable)
- Tempo de inatividade tolerado: até 1,6 hora/ano
- Disponibilidade média: 99,982%
É o nível mais comum entre empresas que precisam garantir alta disponibilidade — como plataformas de cloud, ERPs, instituições financeiras ou e-commerces que não podem parar.
Classificação Tier IV
A estrutura Tier IV leva o conceito de tolerância a falhas ao limite. A exigência aqui é que o data center continue operando mesmo se uma falha ocorrer durante uma manutenção. Isso só é possível com arquitetura totalmente redundante (2N ou 2N+1) e múltiplos caminhos simultaneamente ativos.
Critérios técnicos:
- Redundância: 2N ou 2N+1
- Caminhos de distribuição: múltiplos e ativos
- Capacidade de manutenção: suporta manutenção e falhas sem impacto (fault tolerant)
- Tempo de inatividade tolerado: até 26 minutos/ano
- Disponibilidade média: 99,995%
Esse nível é indicado para ambientes de missão crítica, onde falhar simplesmente não é uma opção. A exigência técnica é alta — com arquitetura 2N ou 2N+1, caminhos ativos simultâneos e tolerância total a falhas — mas sim, é possível alcançar esse padrão.
Quando o assunto é segurança digital, o SAAM leva MUITO a sério.
Em um cenário onde ataques cibernéticos se tornam cada vez mais frequentes, proteger os dados contábeis dos seus clientes deixou de ser um diferencial — é uma obrigação. E é exatamente por isso que o SAAM não brinca em serviço quando o assunto é segurança da informação.
Com soluções robustas de backup automático, armazenamento em nuvem (SAAM Cloud), o SAAM oferece a tranquilidade que escritórios contábeis precisam para focar no que realmente importa: entregar resultados com responsabilidade e confiança.